
AUDIÊNCIA PARA OS MOTOCICLISTAS
Nesta quinta-feira (27), atendendo a requerimento do vereador Eduardo Preto (Podemos), a Câmara Municipal realiza audiência pública para discutir os impactos dos serviços de entrega de produtos por motociclistas. Trata-se de uma pauta muito importante, já que o número de trabalhadores nessa atividade cresce em progressão geométrica não só em Montes Claros, mas em todo o mundo. Entre os temas que certamente serão debatidos estão segurança no trânsito, saúde laboral, pontos de apoio e condições de trabalho.
MOVIMENTO DE GABRIEL
O pré-candidato a governador de Minas pelo MDB e ex-presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Gabriel Azevedo, convidou o vereador Pedro Rousseff (PT) e a senadora Duda Salabert (PDT) para uma atividade do curso de pós-graduação do qual é professor e fez questão de divulgar o encontro nas redes sociais. Com a iminente saída de Rodrigo Pacheco da condição de candidato do presidente Lula ao Governo de Minas, esse movimento pode ser interpretado como um aceno de Gabriel para ocupar esse espaço.
MOVIMENTO DE GABRIEL II
A jogada é inteligente. Gabriel Azevedo sabe que não será o candidato da situação, que já tem nome definido há muito tempo, o atual vice-governador Mateus Simões (PSD). Sabe também que ou Mateus será a única opção de direita ou esse campo será dividido com o senador Cleitinho (Republicanos). Sabe, ainda, que o centro, isoladamente, não consegue levar um candidato ao segundo turno em Minas. Qual seria, então, a solução para tornar sua candidatura minimamente viável? Obter o apoio do campo que ainda não tem nome definido, no caso a esquerda, buscando formar uma frente de centro-esquerda que encontre capilaridade entre os eleitores.
MOVIMENTO DE GABRIEL III
Sem Rodrigo Pacheco na disputa, a base de Lula discute hoje dois caminhos em Minas. Um seria retomar a aliança com Alexandre Kalil (PDT) e apoiá-lo novamente, como ocorreu em 2022. Há quem prefira, no entanto, apoiar Gabriel Azevedo, considerado um nome mais leve e sem atritos com o PT. Vale lembrar que o clima entre Kalil e lideranças petistas em Minas deteriorou após as eleições de 2022 e azedou de vez em 2024, quando ele decidiu apoiar Mauro Tramonte (Republicanos), que representa o oposto do campo progressista, e não Rogério Corrêa (PT) para a Prefeitura de Belo Horizonte.
MARÍLIA SENADORA
No campo da esquerda mineira, o único consenso hoje é que a chapa ao Senado deve ser formada pela prefeita de Contagem, Marília Campos (PT), e pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que deixará o PSD para se candidatar. Já as vagas de governador e vice seguem completamente em aberto. Nesta semana, em Brasília, em encontro da presidente estadual do PT, Leninha, com a bancada federal mineira, discutiu-se a possibilidade de candidatura da prefeita reeleita de Juiz de Fora, Margarida Salomão (PT), ao governo. Num primeiro momento, porém, fontes apontam que ela declinou da sondagem.
SEGUNDA VAGA
Candidato ao Senado, Alexandre Silveira deve adotar estratégia semelhante à do atual secretário de Estado de Governo, Marcelo Aro (PP). Ambos pretendem trabalhar politicamente a segunda vaga de senador. Ou seja, vote em quem quiser na primeira vaga, mas peça votos para mim na segunda. Uma situação incomum, que deve levar vários prefeitos, interessados em manter interlocução tanto com o governo estadual quanto com o governo federal, a apoiar simultaneamente Aro e Silveira, garantindo presença nos dois espaços de poder.
FALE COM A COLUNA
Para receber esta coluna em primeira mão, entre em contato com nossa lista de transmissão. 📲 Salve o número (38) 99865-5654 e envie uma mensagem solicitando a inscrição. Acompanhe também pelo Instagram: @pecealmeidajunior





