
CONTRATADOS QUEREM SER COMISSIONADOS
A Prefeitura de Montes Claros abriu 2.946 vagas no último concurso público para diversas áreas da administração. Esses cargos vinham sendo ocupados, em grande parte, por servidores contratados, muitos deles por indicação política. Não entram nessa conta os servidores comissionados — os chamados cargos de confiança — que não exigem concurso. Após acordo com o Ministério Público Estadual, o Município iniciou a posse dos aprovados e a expectativa é que, até o fim do próximo ano, com o término dos contratos temporários, todos os classificados sejam convocados.
CONTRATADOS QUEREM SER COMISSIONADOS II
Ocorre que a maioria desses cerca de 3 mil contratados não foi aprovada no concurso. Isso gerou uma intensa movimentação nos gabinetes de vereadores e secretários municipais, na tentativa de que, ao deixarem de ser contratados, sejam nomeados como comissionados. Grande parte desses contratos, naturalmente, foi preenchida por indicação política. Se, por um lado, a Prefeitura acerta ao priorizar o concurso, por outro, é inevitável que tanto o Executivo quanto os vereadores ligados a essas indicações sofram desgaste político à medida que os desligamentos avançarem.
CONTRATADOS QUEREM SER COMISSIONADOS III
E o grosso desse processo ocorrerá justamente em ano eleitoral, quando prefeito, secretários e vereadores estarão empenhados em transferir votos para os candidatos da base a deputado estadual e federal. O desafio não será apenas político, mas também administrativo: substituir cerca de três mil pessoas em curto espaço de tempo exigirá grande esforço de treinamento dos novos servidores, para não comprometer a continuidade dos serviços. Há setores hoje praticamente mantidos por contratados e estagiários, com pouquíssimos efetivos, já que o Município ficou um longo período sem realizar concurso. Será uma missão desafiadora tanto para a engenharia política quanto para a administrativa da Prefeitura.
CONTRATADOS QUEREM SER COMISSIONADOS IV
Minha experiência de quase 30 anos cobrindo política mostra que, mesmo após anos de contratos precários, o funcionário desligado costuma sair ressentido. Muitos dizem ter sido usados em campanhas eleitorais e deixam o cargo reclamando. Já os concursados não se sentem obrigados a prestar fidelidade eleitoral a quem lhes deu posse, afinal, conquistaram a vaga por mérito próprio. Aliás, servidores efetivos, quando não recebem cargos de confiança ou gratificações além das de direito, costumam rejeitar convites para atividades de cunho partidário, seja na Prefeitura ou em qualquer outro órgão público.
AMAMS
A Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (AMAMS), em parceria com a Receita Federal, promove nesta terça-feira (21), às 13h30, no auditório da entidade, o Fórum Recinto Aduaneiro no Norte de Minas. O objetivo é criar condições para que a região se torne um polo estratégico de importação e exportação de produtos e mercadorias. Trata-se de uma demanda antiga do setor produtivo norte-mineiro, que a AMAMS, sob a gestão de Ronaldinho Dias, Fabiano Lopes e equipe, abraçou em consonância com a Receita Federal. O delegado Filipe Florêncio e seus colaboradores têm atuado para estreitar a relação com os diversos entes regionais.
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