
DEFESA CIVIL
A Secretaria Municipal de Defesa Civil da Prefeitura de Montes Claros, sob a liderança do competente Anderson de Vasconcelos Chaves — um profissional que no meu tempo se diria “do ramo” — vem dando um verdadeiro show de transparência e boa comunicação com o público. Anderson e sua equipe têm se antecipado aos fatos e informado à população cada passo da pasta, o que proporciona às pessoas uma compreensão mais clara sobre o trabalho realizado pela Defesa Civil. Anderson poderia ministrar uma aula, ou melhor, um seminário, para outros setores da Prefeitura, sobre como fazer comunicação pública de forma preventiva e eficiente.
TRANSPORTE COLETIVO
A Prefeitura de Montes Claros, em edição extraordinária do Diário Oficial do Município do último dia 3 (sexta-feira), publicou edital de licitação para a locação de 31 ônibus modelo básico, a fim de atender à demanda do transporte coletivo. Em tese, mais uma vez, a Prefeitura — ou melhor, o povo de Montes Claros — está assumindo uma obrigação que deveria ser das empresas do Consórcio MocBus, já que venceu o prazo contratual para a substituição dos veículos com mais de 10 anos de uso. Esses ônibus alugados irão circular até a chegada dos veículos elétricos que a Prefeitura está adquirindo e que também serão disponibilizados ao Consórcio MocBus. Mais uma vez, o município assume responsabilidades que, por contrato, caberiam ao consórcio, o que evidencia a necessidade urgente de revisão do contrato de concessão. Até porque o serviço prestado está muito aquém da qualidade que a população de Montes Claros merece e precisa. Ninguém foi obrigado a aceitar nenhuma cláusula. O que está acontecendo é simplesmente inaceitável.
LIGAÇÃO LULA-TRUMP
A aguardada reunião entre o presidente do Brasil, Lula, e o presidente dos EUA, Donald Trump, para discutir o tarifaço imposto pelo governo norte-americano a diversos setores da nossa economia, ocorreu hoje. Foi por telefone, numa ligação da Casa Branca para o Palácio da Alvorada. Em suas redes sociais, Trump afirmou: “Nesta manhã, eu fiz uma chamada telefônica muito boa com o presidente Lula, do Brasil. Nós discutimos muitas coisas, mas a conversa focou principalmente na economia e no comércio entre os dois países (…) Eu gostei da ligação telefônica – nossos países irão muito bem juntos.” É difícil prever o futuro quando se trata de Trump, um personagem altamente imprevisível. Ainda assim, não há dúvida de que houve algum distensionamento na relação entre Brasil e EUA, que vem abalada desde a atuação de Jair e Eduardo Bolsonaro junto ao governo norte-americano na tentativa de livrar o ex-presidente brasileiro da prisão. Bolsonaro, aliás, não foi pauta da ligação. O Brasil já sinalizou que todas as questões econômicas podem ser negociadas, mas deixou claro que qualquer acordo que envolva interferência na soberania ou na Justiça nacionais está fora de cogitação.
LIGAÇÃO LULA-TRUMP II
A ligação e a negociação direta entre os dois governos — algo que até poucas horas antes (vide tweet publicado hoje, por volta das 9h, pelo ainda deputado federal Eduardo Bolsonaro, afirmando ser impossível) era descartado pelos bolsonaristas — configuram uma vitória da diplomacia sobre a lacração. Os EUA são a maior potência econômica e militar do mundo, mas o Brasil também é um player relevante. A postura de não se rebaixar às imposições norte-americanas, ao mesmo tempo em que evitou retaliações precipitadas, foi fundamental para que as coisas avançassem. James Carville, marqueteiro de campanhas presidenciais nos EUA, autor da célebre frase “É a economia, estúpido” — ao explicar o fator decisivo em eleições —, nunca esteve tão certo. Essa máxima pode ser perfeitamente aplicada para explicar por que, em meio ao tarifaço, os EUA agora buscam negociar diretamente com o Brasil.
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