FINALMENTE
Agora é só marcar a data de posse para que Carlos Pimenta (PDT) reassuma uma cadeira na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Isso deve acontecer nos próximos dias, já que foi publicada hoje, no Diário Oficial do Estado, a nomeação do deputado estadual Alencar da Silveira Júnior (PDT) como conselheiro do TCE-MG. A ida de Alencarzinho para o Tribunal de Contas abre a vaga que será ocupada por Pimenta. A partir de agora, ele terá exatamente um ano para reorganizar suas bases eleitorais, caso queira disputar a reeleição em 2026. Será o oitavo mandato de Pimenta na ALMG.
ELEIÇÃO 2026 EM MINAS
A um ano das eleições em Minas Gerais, ainda há pouquíssimas definições sobre as chapas majoritárias. Neste momento, é possível afirmar apenas duas certezas: o vice-governador Mateus Simões, ainda no Novo, será candidato à reeleição, já que assumirá o governo em abril, quando Romeu Zema (Novo) se licenciará para tentar disputar a Presidência da República; e o atual secretário de Estado de Governo, Marcelo Aro, será candidato ao Senado pela federação União Brasil–Progressistas, compondo a mesma chapa de Simões, que deve migrar para o PSD.
ELEIÇÃO 2026 EM MINAS II
Na chapa governista, duas vagas seguem em aberto: a de candidato a vice-governador e a do segundo postulante ao Senado, já que em 2026 serão eleitos dois senadores por estado. O sonho da engenharia política do governo é atrair o PL para a coligação. O partido já definiu que seu presidente estadual será candidato a senador (a terceira certeza do cenário). A vaga de vice, por sua vez, deverá ser preenchida por alguém que ainda se filiará ao Novo, diante da iminente saída de Simões.
ELEIÇÃO 2026 EM MINAS III
Para o PL, no entanto, pode ser mais vantajoso articular com o senador Cleitinho (Republicanos), que cogita disputar o governo, embora ainda não tenha batido o martelo. Dirigentes do partido de Nikolas Ferreira entendem que uma composição com Cleitinho garantiria o primeiro lugar no primeiro turno. Como as eleições para o Senado ocorrem em turno único, essa aliança poderia viabilizar a eleição de um senador do PL — ou até dois, caso o presidente do Republicanos, Euclydes Pettersen, desista de concorrer ao Senado para facilitar um arranjo com o bolsonarismo em torno de uma candidatura de Cleitinho.
ELEIÇÃO 2026 EM MINAS IV
A esquerda mineira segue em compasso de espera, aguardando a decisão do senador Rodrigo Pacheco. Com a provável filiação de Simões ao PSD, Pacheco deve deixar a legenda e buscar refúgio no PSB. Ele é apontado como provável candidato a governador, mas tem dito a aliados que só decidirá após dois movimentos: 1. Se se confirmar a aposentadoria precoce de Luís Roberto Barroso no STF — cenário em que Pacheco seria um dos favoritos à vaga e poderia desistir da disputa em Minas. 2. A configuração das chapas de direita, para avaliar com quais partidos poderia contar além da federação PT-PV-PCdoB, do PSOL e do PSB. Pacheco entende que é fundamental que essa chapa também tenha partidos de centro e até da direita para ser competitiva. Hoje, Pacheco é o plano A de Lula e da esquerda mineira para o Governo de Minas. Não há, até o momento, sequer um esboço de plano B.
ELEIÇÃO 2026 EM MINAS V
Há ainda outro fator na equação de Pacheco. Mesmo se Barroso deixar o STF, há nomes igualmente fortes politicamente como ele na disputa pela indicação: o ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias; o ministro da Controladoria-Geral da União, Vinícius Marques de Carvalho; e o ministro do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas, que há anos é cotado para o Supremo. Caso Dantas seja o escolhido, por exemplo, Pacheco passaria a ser um dos nomes mais fortes para uma vaga vitalícia no TCU. O jogo político é complexo e, nesse caminhão de hipóteses, há muita água para rolar. A esquerda, no entanto, não pode postergar tanto a definição. Vejamos as cenas dos próximos capítulos.
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